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Artistas A a H

Amilcar de Castro

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Escultor, desenhista e diagramador mineiro (8/6/1920-). Famoso por suas esculturas neoconcretas, feitas com chapas de aço e ferro recortadas em formato geométrico. Nasce em Paraisópolis e estuda desenho e pintura no decorrer de oito anos, de 1942 a 1950, em Belo Horizonte.



Começa a expor seus trabalhos em 1959, primeiro no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e, em seguida, no Belvedere da Sé, em Salvador. Em 1960, ganha o primeiro prêmio na categoria escultura do 15º Salão do Museu de Belas-Artes de Belo Horizonte.



Participa no mesmo ano da Exposição Internacional de Arte Concreta, em Zurique, na Suíça. Adota o neoconcretismo, a partir de então, em suas esculturas de ferro e aço recortados. Participa com várias delas da mostra Artistas Brasileiros Contemporâneos, no Museu de Arte Moderna de Buenos Aires, em 1967. Trabalha também como diagramador de jornais, sendo responsável pela reforma gráfica do Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro, e de muitos outros de Belo Horizonte. Em 1967 muda-se para Nova Jersey, nos Estados Unidos.



Trabalha também como diagramador de jornais, sendo responsável pela reforma gráfica do Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro, e de vários outros em Belo Horizonte. Em 1998, é convidado a construir uma obra para o projeto de renovação do bairro Hellersdorf em Berlim, Alemanha. Aceita o convite e instala uma peça de 25 toneladas no local, a maior que já fez. Em 1999, seus trabalhos são exibidas em mostras em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Em 2000, uma exposição de 14 esculturas e 10 desenhos inéditos do artista é montada em São Paulo e no Rio de Janeiro em comemoração ao seu 80º aniversário. Continua fiel à sua principal matéria-prima: o ferro. Em 2001, inaugura novo ateliê em Nova Lima (MG) realizando mostra coletiva com Allen Roscoe, Pedro de Castro, Rodrigo de Castro (seu filho) e Thaïs Helt. Morre aos 82, vítima de insuficiência cardíaca e respiratória.

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Artur Barrio

Artur Barrio (Porto, 1945) é um artista plástico Luso-brasileiro que vive no Rio de Janeiro desde 1955. Ingressou na Escola de Belas Artes em 1967 e foi um dos primeiros artistas a realizar gigantescas instalações com composições caóticas, onde misturava múltiplos elementos.

 

Participou de exposições no Brasil e no exterior, entre elas, do Salão de Bússola no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1969); da exposição Information, em Nova Iorque (1970); e da Documenta 11 de Kassel (2002), na Alemanha, um dos mais importantes eventos de arte contemporânea do mundo.
Toda a obra de Arthur Barrio é realizada com as sobras, os resíduos do mundo. Essa escolha por materiais marginais traduz-se numa crítica particular às condições de produção da arte, sua circulação e consumo na sociedade contemporânea. Barrio não produz propriamente “obras de arte”, antes, suscita situações nas quais constrói um discurso pessoal em que se apropria do real, reconstituindo-o tanto poética quanto politicamente.

 

A maioria de suas obras não pode ser guardada em museus nem pendurada na parede. Ele faz arte conceitual, cria performances, e valoriza a experiência e não a imagem ou o objeto. Suas intervenções caracterizam-se pela utilização de materiais efêmeros e precários, como o sal, o papel higiênico, o sangue, o pó de café, o pão, a carne. Uma de suas obras mais conhecidas é justamente a intitulada Livro-carne, um pedaço de carne talhado em forma de livro que, após alguns dias, decompõe-se diante do público e tem de ser reposto a cada 3 dias. O "livro-carne" participou de exposições em Paris e na Bienal de São Paulo.

Anna Bella

​​Athos Bulcão

​​"Artista eu era. Pioneiro eu fiz-me. Devo a Brasília esse sofrido privilégio. Realmente um privilégio: ser pioneiro. Dureza que gera espírito. Um prêmio moral".   


Athos Bulcão

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Fernando Cardoso

“Uso o desenho como registro narrativo, com o objetivo de criar uma leitura cínica e narcísica de um mundo igualmente cínico e narcísico.''

Fernando Cardoso

Nascido no Catete, Rio de Janeiro, em 2 de julho de 1918, Athos passou sua infância em uma casa ampla em Teresópolis.

Na família havia um interesse pela arte e suas irmãs o levavam freqüentemente ao teatro, ao Salão de Artes, aos espetáculos das companhias estrangeiras, à ópera e à Comédia Francesa. Athos aos quatro anos ouvia Caruso no gramofone, e ensaiava desenhos sem, no entanto, chamar a atenção da família. Chegou às artes graças a uma série de acidentais e providenciais lances do acaso.

Athos foi amigo de alguns dos mais importantes artistas brasileiros modernos, os maiores responsáveis por sua formação. Carlos Scliar, Jorge Amado, Pancetti, Enrico Bianco - que o apresentou a Burle Marx -, Milton Dacosta, Vinicius de Moraes, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Ceschiatti, Manuel Bandeira entre outros. Aos 21 anos, os amigos o apresentaram a Portinari, com quem trabalhou como assistente no Mural de São Francisco de Assis na Pampulha e aprendeu muitas lições importantes sobre desenhos e cores.

Athos Bulcão estava em tratamento contra o Mal de Parkinson desde 1991 no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. Faleceu após uma parada cardiorespiratória no dia 31 de julho de 2008, aos 90 anos.

 

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​​Fernando Pacheco

''A Arte não descansa de mim. Entranhada em mim, me leva a um outro mundo, que habita o fundo da minha alma.''

Fernando Pacheco

Fernando Pacheco, nascido em São João Del Rey, berço de ilustres mineiros, ainda adolescente, conviveu no Rio de Janeiro com pintores e intelectuais da efervescente cena carioca dos anos 60.



O artista expôs individualmente em todas as principais galerias de arte de Belo horizonte. Em sua trajetória, estão os principais museus de todo o País. Obteve 20 premiações, 35 distinções diversas e realizou 45 individuais. Sua obra está representada em diversos e importantes acervos e coleções particulares do Brasil e do exterior; como por exemplo a Fundacion Albéniz – Escuela Superior de Música Reina Sofia, Espanha



Em 2001 realizou individual no memorial Tancredo Neves, em sua terra natal, onde foi homenageado. Em 2005, individual no Palácio das Artes em Belo Horizonte, com lançamento de livro e vídeo sobre sua obra, com textos de Bartolomeu Campos de Queirós e Carlos Heitor Cony.



De acordo com o escritor Bartolomeu Campos de Queirós, "Fernando Pacheco tem seu espaço definitivamente marcado no movimento artístico nacional".

Nascido em Belo Horizonte, MG em 1970. Assumida como auto-retrato – e não se incomoda em revelar sua intimidade, pois assume o voyeurismo (inclusive tem uma coleção de binóculos), iniciou sua trajetória nas artes plásticas em 1994 e sobre seus trabalhos.

O artista plástico Fernando Cardoso é bacharel em desenho pela Escola de Belas Artes da UFMG. Realizou sua primeira exposição individual em 94, apresentando seus desenhos na Galeria Spix & Martius de Ouro Preto. Segundo o crítico de arte Arlindo Porto, os desenhos de Fernando são um alívio aos olhos do público, pois sua utilização econômica dos traços contrasta com o exagero de cores e riscos que marca a produção artística atual.

As cenas feitas por Fernando são provocativas sem esbarrar em qualquer espécie de agressividade gratuita. Nada é excessivo, as páginas são quase todas dominadas por um branco quase imaculado, onde traços rápidos e precisos demonstram o mundo de angústia, dúvida e ambigüidade no qual vive o artista. As cenas são oníricas, líricas, delicadas, mesmo contendo ironia, irreverência e deboche. Há sempre a figura de um duplo do artista, que marca as situações vividas e escancara toda dor e prazer sentidos pelo autor.


Fernando rompe com clichês, diz não seguir grupos nem carregar bandeiras. “Prefiro ser indiferente a todas essas coisas. O meu trabalho é narcísico, solitário“, revela. O desenho em nanquim sobre papel é o principal meio de expressão, mas Fernando ainda experimenta e transita pela fotografia, pela pintura e por muitas formas de instalações.

 

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Geraldo de Barros

“Se só guardamos lembranças dos momentos tristes ou alegres: enlouquecemos. Felizmente existem os restos”.



Geraldo de Barros

Geraldo de Barros é decisivamente um artista plural. Nascido em Xavantes, SP, em 1923, foi artista plástico, fotógrafo e designer, gráfico e de produtos, tendo exercido estas atividades com igual competência e intensidade por toda a vida, até seu falecimento em 1998. Após estudar artes plásticas com Collete Pujol e Yioshida Takaoka, se dedica a pintura e mais fortemente, a partir de 1946, à fotografia, dentre outros no Foto-Clube Bandeirante, com inúmeras exposições e premiações no Brasil e no exterior.

Fundou o Grupo Ruptura de artistas do "movimento da arte concreta" em São Paulo em 1952, junto com Waldemar Cordeiro, tendo participado de diversas Bienais de São Paulo, inclusive com salas especiais. Na 2ª Bienal teve prêmio de aquisição de pintura e organizou a sala de Fotografia, o que elevou seu status na época a se igualar às categorias artísticas mais nobres. Chamava seus trabalhos de Fotoformas, pois os identificava como uma forma de gravura, realizando intervenções visuais nas fotos, e abusando das duplas exposições.



Geraldo de Barros expôs ainda sua extensa obra fotográfica em instituições como no Museu da Imagem e do Som de São Paulo e no Musée de Elysée em Lausanne na Suiça, em 1993 onde foi homenageado. Teve sua obra em artes plásticas documentada por autores como Roberto Pontual, Pietro M. Bardi, Walter Zanini, J. Klintowitz e Carlos Cavalcanti, dentre outros. Seus quadros estão presentes nos principais museus brasileiros e do exterior. Após um acidente vascular cerebral e até o fianl da vida voltou a se dedicar às artes plásticas realizando obras em laminado plástico qeu expôs em Veneza, Itália; no Museu de Arte Contemporânea de Campinas, SP; na UNICAMP, em Campinas, SP; no Centro Cultural do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, RJ, dentre outros locais. Foi também convidado a elaborar um Painel para o Metrô de São Paulo.

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